Diante dos problemas ocorridos com as próteses mamárias das marcas PIP (francesa) e Rofil (holandesa), fiscais da Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado do Piauí estão monitorando as principais clínicas e hospitais que realizam implantes mamários em Teresina.

Durante as visitas, os fiscais verificam a marca usada pelos profissionais no procedimento cirúrgico, o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o certificado de garantia da prótese. Nenhum dos estabelecimentos monitorados foi encontrado a utilização de próteses daquelas marcas. “Até o momento não encontramos nenhuma irregularidade por parte das clínicas ou hospitais que realizam esse procedimento de implante mamário”, disse a fiscal sanitária, Lucélia de Castro. O monitoramento continua até o final desta semana.

A partir do alerta internacional feito pela autoridade sanitária da França, em março de 2010, a Anvisa determinou a suspensão, o uso e a comercialização da marca PIP no Brasil e, em 30 de dezembro de 2011, cancelou o registro do produto. Com o posterior alerta internacional feito para a marca holandesa Rofil, a Agência também cancelou seu registro.

O Ministério da Saúde reforça a orientação para que as pessoas que fizeram implantes mamários daquelas marcas procurem os serviços de saúde na rede pública ou privada para avaliação e acompanhamento médico. “Caso a pessoa tenha alguma dúvida da utilização ou não daquelas próteses em seu implante, deve também procurar o seu médico para saber qual prótese foi implantada”, alertou a fiscal.

No Piauí, somente o Hospital São Marcos, em Teresina, é habilitado a fazer a retirada das próteses mamárias de silicone, caso for necessário. A indicação de substituição não é universal, sendo restrita a indícios de ruptura, que serão caracterizados nas diretrizes.

Para mais informações sobre esse assunto, a ANVISA disponibilizou um hotsite no endereço www.anvisa.gov.br. Além de dados técnicos, a página permite que o internauta faça registros e participe das decisões que estão sendo adotadas pela Agência.

Por Cyntia Veras, com informações da Anvisa