O tema Saúde da População Negra constitui prioridade do Governo Federal. A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial traz em um de seus objetivos principais: “promover a igualdade e a proteção dos direitos de indivíduos e grupos raciais e étnicos afetados pela discriminação e demais formas de intolerância, com ênfase na população negra”.
Por sua vez, assim como determina o Ministério da Saúde, no Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através da Gerência de Atenção Básica, tem investido esforços para promover melhores condições de atenção e cuidado da saúde da população afrodescendente. Para isso, a Sesapi está finalizando seu Plano para essa parcela da população, agora em março deste ano.
De acordo com a gerente de Atenção Básica da Sesapi, Rosa Milanez, no Piauí existem 57 municípios com mais de 110 comunidades quilombolas que são atendidas através de programas em parcerias com o Governo Federal e o Estadual. “Estamos finalizando agora, até o final de março, este Plano e, dentre as iniciativas propostas, destaca-se o estreitamento do diálogo com os movimentos sociais envolvidos nesta temática. Juntos, Sesapi, movimentos e associações estão se articulando no sentido de promover as ações e o trabalho das diversas áreas do SUS para estas comunidades e para a população negra em geral”, explica.
Dentre as ações propostas estão alguns objetivos específicos, como articular e sensibilizar os gestores das três esferas do SUS para a importância da incorporação do quesito raça/cor em todos os componentes das políticas de saúde, apresentar um balanço das experiências de governo, pontuando os desafios a superar para a implantação do recorte racial na política de saúde e socializar experiências da sociedade civil organizada, relativas à saúde da população negra.
As últimas reuniões acontecem depois do período carnavalesco e devem mostrar todo o Plano já montado e, com isso, levar para gestores da Saúde e diretores das regionais todo o cronograma dos objetivos, metodologias e metas que deverão ser seguidas pelo Estado.
Por Adrianno Magno