Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Sesapi vai debater em seminário estadual mortes no trânsito
Os dados de 2010 revelam que 40.610 pessoas foram vítimas fatais no trânsito, sendo que 25% delas por ocorrências com motocicletas.
Gestores municipais e federais de trânsito, secretários municipais de Saúde e diretores das Regionais de Saúde estão sendo mobilizados para debater o trânsito como problema de saúde pública. O assunto será discutido no I Seminário Estadual de Promoção da Saúde, que acontece através de uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), nos dias 29 e 30 de março, em Teresina, no auditório da APPM
O Seminário pretende levantar uma problemática que vem tirando milhares de vidas no país: os acidentes de trânsito. De acordo com as últimas pesquisas do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, os brasileiros estão morrendo mais em acidentes com transporte terrestre, principalmente, quando o veículo é a motocicleta.
Os dados de 2010 revelam que 40.610 pessoas foram vítimas fatais no trânsito, sendo que 25% delas por ocorrências com motocicletas. Em nove anos (de 2002 a 2010), a quantidade de óbitos ocasionados por acidentes com motos quase triplicou no país, saltando de 3.744 para 10.143 mortes.
Já no Piauí, também no ano de 2010, o número de óbito totalizou 957, sendo 436 vítimas dos acidentes com moto. Já em 2011, apesar de os números ainda não terem sido finalizados, os dados parciais na faixa etária de 20 a 29 anos (considerada a fase produtiva da vida) ainda são preocupantes. O total de óbitos foi 1.968; desses, 513 foram envolvidos com motocicleta.
No Brasil, são três as principais causas de morte. Em primeiro lugar estão as doenças cardiovasculares, em seguida vem as Neoplasias (câncer) e em terceiro as causas externas (acidentes de trânsito/violência). Pelo fato de os acidentes de trânsito serem configurados como causas de morte externa, a Sesapi vem se articulando desde dezembro do ano passado para, junto aos municípios, debater maneiras de prevenção e atuação dos serviços de saúde voltados para esse problema.
Temas abordados no Seminário
Nesse contexto, o Seminário Estadual de Promoção da Saúde vai buscar soluções para melhorar o atendimento aos feridos, apontar as carências nos municípios voltadas para o trânsito, além de apresentar experiências exitosas que estão sendo realizadas na promoção da Saúde.
Edna Albuquerque, técnica da Sesapi, uma das organizadoras do Seminário, acredita que o evento possa melhorar o cotidiano dos hospitais e dos profissionais que atuam nesta área. “É um evento inter-setorial, que tem o apoio de várias diretorias da Sesapi. O pedido da secretária Lilian Martins é de que possamos sensibilizar todos os gestores municipais para a importância da promoção da Saúde. Por isso, queremos neste encontro buscar e apresentar soluções que venham a diminuir esses acidentes”, destacou.
Gastos totais do Piauí com feridos no trânsito
Edna explica, ainda, que no evento serão abordadas questões sobre o impacto da violência no trânsito na área da saúde, a fiscalização de trânsito, taxa de mortalidade em acidentes de trânsito nos municípios e apresentação do Plano das Doenças Crônicas não Transmissíveis.
Quanto aos feridos, o Piauí teve, em 2011, um total de internações de 4.467; desse número, 2.798 foram decorrentes de acidentes de moto, ou seja, 62%. Para atender esse público, o Estado gastou, aproximadamente, R$ 3.925,000,000 (três milhões, novecentos e vinte e cinco mil reais).
“Teremos também um representante do Ministério da Saúde que deverá indicar alguns caminhos para que os municípios desenvolvam seus projetos, levando em conta as diretrizes e temáticas estabelecidas pelos Órgãos de Trânsito. No último dia teremos ainda um momento dedicado aos 58 municípios que já executam ações na área da promoção em Saúde. Trabalharemos intensamente para diminuir esses acidentes em todo o Estado”, frisa.
Todos os 224 municípios do Piauí já estão sendo avisados e, até o dia do Seminário, diversas ações, por parte da Sesapi, serão divulgadas nos meios de comunicação.
Por Adrianno Magno