Com o objetivo de alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e identificar possíveis casos suspeitos da doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD/secção Piauí) e o Hospital Getúlio Vargas (HGV) participam no próximo sábado, (05), de 9h às 15h, na Clínica Dermatológica do Hospital, da Campanha Nacional Contra a Hanseníase. O evento acontecerá em todo o país, e para participar basta apresentar a carteira de identidade e  o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o coordenador do Serviço de Dermatologia do HGV e da campanha no Piauí, Sebastião Bona, apesar da queda da incidência da hanseníase no Brasil, registrada nos últimos anos, a doença ainda não está controlada, e que  a prevenção vem principalmente através da  informação, pois  quanto mais cedo o portador da doença começar a se tratar, mais rápida e fácil será a sua cura.  

"O tratamento da doença, que é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é chamado de Poliquimioterapia (PQT); composto por dois ou três medicamentos e pode ter a duração de 6 a 24 meses, a depender de cada caso, e não deve ser interrompido. No Piauí, podem ser adquiridos no próprio HGV, cuja Clínica Dermatológica é um dos dois centros de referência no Estado", finaliza.

A Clínica Dermatológica do HGV fica localizada na rua Governador Arthur de Vasconcelos, Centro-Sul, em frente ao Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP).

A doença

A hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen, sendo transmitida pelas vias respiratórias. Os principais sintomas são  manchas brancas, avermelhadas ou caroços, que não coçam, não doem e têm alteração de sensibilidade, sensação de formigamento, queda dos pêlos e ausência de suor em determinadas áreas do corpo, além de fraqueza nos braços, mãos e pés.

Dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que o Brasil é o segundo país no mundo em incidência de hanseníase, sendo que as áreas mais afetadas se encontram nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste.

Por Solinan Barbosa