Crianças durante pré-operatório, no Hospital Getúlio Vargas
O Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital do Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou no sábado (25) mais um mutirão cirúrgico com o objetivo de reduzir a demanda reprimida nessa especialidade. Previamente selecionados, 25 pacientes passaram por cirurgia de Amigdalectomia/Adenoidectomia – foram 19 pacientes – Timpanosplastia Uni-bilateral – quatro pacientes – e Exerese de Papiloma em Laringe – dois pacientes. A ação contou com a participação de 15 profissionais, dentre médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem.
Segundo o coordenador do mutirão, Bernardo Cunha Filho, cada procedimento durou, em média, meia hora, sendo que a maioria dos pacientes apresentava quadro de transtorno respiratório: problema observado, principalmente, durante o sono, por meio do ronco, acompanhado de episódios de apneia. “Estamos curando essas pessoas e dando a elas uma melhor qualidade de vida”, enfatizou.
Ele argumenta que a demanda reprimida existe porque todos os casos cirúrgicos da rede pública são encaminhados ao HGV, sendo o único hospital público do Estado que realiza esse tipo de cirurgia. “Estávamos com uma fila de espera de 300 pacientes. Com o apoio da direção e da Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi), otimizamos o volume cirúrgico e já conseguimos baixar esse número para 170. Nossa meta é que até março de 2013 já estejamos com a situação normalizada”, explicou.
Pai da pequena Joseane Silva, de cinco anos, Francisco Silva destacou a importância da cirurgia de adenoide para a filha. “Ela sofria muito para dormir, pois respirava com dificuldade, principalmente, durante o sono. Estou mais tranquilo agora, pois sei que minha filha será curada definitivamente desse problema que tanto a atormentava”, disse Francisco.
Descontração
Das 25 pessoas internadas na sexta-feira (24) para participarem do mutirão, 15 eram crianças. No mesmo dia, elas receberam uma visita bastante especial. O grupo Liga da Vida percorreu as enfermarias onde elas estavam, levando muita alegria, música e brincadeiras. Os pais também participaram do momento de lazer e descontração. Houve, ainda, a visita de uma psicóloga.
A assistente social Ana Maria Oliveira explica que essa é uma maneira de aliviar a tensão, tanto das crianças, quanto dos pais, no período pré-operatório. “A internação em um hospital gera uma ansiedade natural nas pessoas. Por isso, esse tipo de atividade lúdica é muito importante para garantir um clima de tranquilidade, principalmente, entre as crianças”, finalizou.
O grupo Liga da Vida é formado por jovens voluntários evangélicos, que, através de visitas a hospitais e clínicas, utilizam a arte do palhaço, da música e da dança para levar alegria e esperança a quem precisa.
Por Solinan Barbosa