Como forma de reduzir a quantidade de pacientes que aguardam por uma cirurgia de otorrinolaringologia, no sábado (29), o Hospital Getúlio Vargas (HGV) promoveu mais um mutirão, no qual 12 pessoas passaram por procedimentos cirúrgicos de timpanosplastia uni-bilateral, adenoidectomia e amigdalectomia. Os médicos responsáveis pelos procedimentos foram Bernardo Cunha Filho, coordenador do Serviço de Otorrinolaringologia do HGV, José William e Erich Gustavo.

Segundo Bernardo Cunha Filho, os  mutirões estão refletindo diretamente na redução da quantidade de pacientes que estão no aguardo por uma cirurgia nessa especialidade.´´Os resultados têm sido bastante satisfatórios. Há poucos meses havia 300 pessoas na fila de espera, atualmente são cerca de 150. Acreditamos que até março de 2013 estaremos com essa fila já praticamente zerada", enfatiza.

Ainda de acordo com ele, a demanda é grande porque o Serviço de Otorrinolaringologia do HGV é  o único na rede pública de saúde do Estado que realiza esse tipo de tratamento cirúrgico. Diante dessa condição,  todos os casos do Piauí, e até de outros estados, são referenciados diretamente para o Hospital.

"Dispomos de uma moderna estrutura, mas contamos somente com quatro médicos especialistas para atender a toda essa demanda. No entanto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi)  prepara a nomeação de profissionais aprovados em concurso público, que nos dará condições de dinamizar o volume cirúrgico e, consequentemente, reduzir o tempo de espera por uma cirurgia eletiva", explica.

O pequeno Samuel Oliveira, 5 anos, da cidade de Parnaíba, 336 km ao norte de Teresina, estava na fila de espera há um mês e foi submetido a uma intervenção cirúrgica de adenoidectomia, indicada nos casos de aumento dos adenóides, gerando obstrução nasal, infecções crônicas ou quando existe comprometimento dos ouvidos (otite serosa).

A tia de Samuel, Carlene Oliveira, disse que o garoto apresentava grande dificuldade para respirar, sobretudo durante o sono. ´´À noite ele sofria muito para conseguir dormir por causa do problema, pois faltava respiração. Fiquei muito feliz quando o Serviço Social do Hospital ligou e disse que ele seria internado na sexta-feira para ser operado no sábado.Agora, graças a Deus, tudo será resolvido definitivamente", festeja.

Por Solinan Barbosa