Os índices de mortalidade infantil vêm diminuindo de forma gradativa nos últimos anos no Piauí. Em 2002, para cada mil crianças nascidas vivas, 33 morriam antes de completar um ano de vida. Já em 2009, essa taxa caiu para 24 crianças, de cada mil nascidas vivas. Em 2012, o Estado alcança mais 5%, mantendo a taxa média de 15 a 20 crianças que chegam ao óbito.
Esses dados foram apresentados durante o encerramento da 2ª Capacitação da Estratégia da Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância. O evento está sendo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através da Coordenação de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente.
Até o final da tarde desta quarta-feira (17), apoiadores do Ministério da Saúde e técnicos da Sesapi estarão no auditório do Diferencial Buffet, em Teresina, capacitando cerca de 30 profissionais das cidades de Teresina, Floriano e Parnaíba.
Segundo a enfermeira Maria Edna Batista, uma das coordenadoras da capacitação, o Governo Federal conseguiu atingir suas metas a respeito da redução da mortalidade infantil antes do prazo previsto pelo relatório de monitoramento internacional da Unicef e o Piauí conseguiu bons resultados, seguindo as estratégias do Ministério da Saúde.
“Desde 1990 o Brasil atinge 73% na redução da mortalidade infantil. Antes, perdíamos 58 crianças de mil nascidas. No ano passado chegamos a diminuir este número para 16 e, a nível estadual, o Piauí consegue se permanecer entre os três estados do Nordeste a conseguirem melhorias na área do neonatal, ficando atrás apenas de Pernambuco e Ceará”, enfatizou.
“Nosso objetivo com esta oficina é melhorar a capacidade de nossos profissionais atuarem com mais qualidade na assistência à saúde, que são dispensadas à mulher, à gestante e ao bebê durante o pré-natal, evitando, assim, os óbitos na primeira semana de vida”, disse a coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescente, Rosa Laura.
PROGRESSO – O Ministério da Saúde investiu cerca de R$ 3,3 bilhões na Rede Cegonha e já conta com a adesão de 4.729 municípios brasileiros. O programa, que reúne medidas que garantem assistência integral às grávidas e ao bebê, criou 348 leitos neonatais e requalificou mais 86 em 2011.
Por Adrianno Magno