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A média mensal é de 1.800 atendimentos na zona urbana e rural

Levantamento da Central de Regulação do SAMU aponta que 25.300 pessoas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ano passado em todo o Piauí. A média mensal é de 1.800 atendimentos na zona urbana e rural das cidades piauienses, com exceção de Teresina, Parnaíba e Picos, que não são reguladas pela Central.

“Esses números são apenas uma estimativa, podendo as vezes ultrapassar a casa dos dois mil atendimentos, na sua maioria, ocorrências de doenças cerebrovasculares, ampliando assim nossa demanda nos serviços de emergência. Essas doenças são hoje a principal causa de mortes,  mas temos profissionais prontos para atender”, afirma Christianne Rocha Leal, coordenadora estadual do SAMU.

Um acidente ocorrido há pouco mais de seis meses, em Altos, ainda reflete na memória de dona Suedes Oliveira Costa. Ela é mãe de dois dos três ocupantes de uma moto envolvida em uma colisão. Todos estavam sem capacete. O casal Janaira Lira e Francisco Laércio Costa e sua irmã, Yolanda Costa, se deslocavam para um aniversário, quando uma caminhoneta invadiu a preferencial e se chocou com a moto, causando um grave acidente.

No momento da colisão, Francisco Laércio, que pilotava a moto, foi quem teve os piores ferimentos. “Não me lembro de quase nada na hora do acidente, quando acordei estava no hospital. Por pouco não perdi o olho esquerdo. Minha mandíbula também ficou bastante ferida. Minha mãe disse que a equipe do Samu foi importantíssima na minha recuperação, tanto que hoje agradeço a Deus e aos profissionais que nos socorreram naquela dia”, relembra.

“Quando recebi a ligação, não acreditei no que estava ouvindo. Pois minha nora, a Yolanda, havia pedido calma e que eu solicitasse imediatamente a ida do Samu. Nunca esperei tanto por aquela sirene. Fomos ao local e em menos de 15 minutos a ambulância parou na pista. O atendimento dos socorristas me tranquilizou. Naquele dia Deus mandou aqueles anjos de roupa azul para salvar meu filho”, disse a mãe de Laércio.

A Central de Regulação do SAMU foi implantada no Estado em 2011 e atende diretamente 52 municípios que possuem bases descentralizadas. Além dos municípios pólos, o atendimento móvel se estende para centenas de municípios circunvizinhos dessas bases.

Ao todo, 730 profissionais de saúde contratados prestam atendimentos de urgência. Os samuzeiros, como também são conhecidos, vão desde motorista socorrista, enfermeiro, médico, médico regulador até telefonistas. Já para a regulação médica foram contratados 15 telefonistas e 5 rádio operadores. “Todos estes profissionais foram capacitados. É importante lembrar que, tanto a Sesapi quanto os municípios, têm o compromisso de realizar essas capacitações, dando assim estrutura necessária de atendimento”, enfatiza a coordenadora.

Por dentro do Samu
Todo o serviço tem inicio na central de atendimento das bases descentralizadas, local onde as ligações do 192 são recebidas. “As pessoas ligam para nós, registramos o nome, endereço, pergunta-se o que está acontecendo para saber se trata de trote ou não. Logo em seguida passamos para o médico e o mesmo dá o diagnóstico da vítima para, assim, saber o tipo de ambulância que será enviada”, explica Jucivânia Franco, telefonista do SAMU estadual.

Depois de checada, a ligação é transferida para a Central de Regulação, onde os médicos reguladores estão aptos a analisar se é necessário o envio de ambulância ou não. “90% das ligações do interior, exceto aquelas que se configuram como trotes, passam por nós. Dependendo o local e o tipo de ocorrência é que sabemos se a vítima precisa de ambulância, caso seja necessário, pois prestamos também o atendimento conhecido por telemedicina, daí enviaremos aquela unidade que estiver mais próxima do local do ocorrido. Após as informações que chegam por nós via raádio, decidimos qual o hospital que esse paciente deverá ser levado”, detalha Virginiana Lima Val, médica reguladora da Central de Regulação.

Samu Aéreo reforçam atendimento em 2013
Dentre as inúmeras ações previstas para o próximo ano, Christianne Rocha Leal adianta que o SAMU estadual contará com reforço aéreo. “Estamos empenhados em conseguir mais este serviço de extrema importância para a melhora dos nossos atendimentos, tendo em vista às distâncias no nosso estado”, finaliza.

Por Adriano Magno