O diretor do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Carlos Iglézias, disse hoje (04) que o HGV passou por uma mudança radical em 2008 com a transferência do Serviço de Pronto Socorro-SPS para o HUT e hoje funciona como hospital de clinicas de alta complexidade, mas que essa mudança ainda não está clara para a população, o que constantemente, resulta em confrontos políticos.

Segundo ele, com essa mudança, o HGV deixou de atender urgência e emergência e passou a atender pacientes eletivos de média e alta complexidade provenientes de hospitais da periferia de Teresina, de outros municípios e Estados e do HUT. “É importante ficar claro, que é o único do Estado geral, de alta complexidade que recebe pacientes graves, com problemas que nenhum hospital resolve”.

Iglézias ressalta que o HGV possui 302 leitos ativos divididos em 15 clínicas, 16 salas cirúrgicas, sendo que 11 estão funcionando e cinco estão desativadas devido à reforma.  Diariamente são transferidos cerca de 20 pacientes por dia tanto do HUT como de outros municípios. “Todos pacientes complexos que para sua recuperação necessitam de muitos dias de internação, o que dificulta a liberação do leito”.

“Temos particular interesse em garantir retaguarda de atendimentos de média e alta complexidade para a rede de atenção às urgências e esta gestão vem realizando esforços para que essa missão se concretize de forma desburocratizada, inclusive disponibilizamos em consonância com a portaria MS nº 2.395 de 11/10/2011, 60 leitos de retaguarda para a Rede de Urgência e Emergência-RUE”, explicou Iglézias.   

Iglézias disse ainda que o HGV está trabalhando com um número reduzido de técnicos de enfermagem, “o que nos coloca na situação de estarmos no limite superior da nossa capacidade de atendimento, porém aquém daquilo que poderíamos produzir”, explica.

Iglézias lembrou, que em reunião em outubro de 2012, onde estavam presentes gestores da Fundação Municipal de Saúde, SESAPI e HUT ficou pactuado que o HGV disponibilizaria 35 leitos da clínica cardíaca para o HUT, mediante cessão de 36 profissionais, o que resultou em um aumento substancial no número de doentes transferidos do HUT para o HGV, sobretudo na área de ortopedia, com a realização de vários Mutirões. “Mas esse entendimento foi rompido de forma unilateral, pelo presidente da Fundação Hospitalar do Municipio, quando retirou os profissionais cedidos, comprometendo o funcionamento da clínica e reduzindo o fluxo de doentes transferidos”. 

Por Fátima Oliveira