Hérlon Moraes/Sesapi Sesapi alerta para os efeitos da Sindrome Alcoólica Fetal Caminhada seguiu pela Avenida Frei Serafim

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) lançou hoje um alerta para a população: a Síndrome Alcoólica Fetal é mais comum do que se imagina. A SAF, como é comumente chamada, é resultado da ingestão de álcool e qualquer outro tipo de droga durante a gravidez. Os efeitos para o ser humano que está gerando serão irreversíveis. Dentre os males causados estão prevalentes quadros de déficit mental e distúrbios de comportamento, além de malformações congênitas, sobretudo craniofaciais caracterizadas por microcefalia, microftalmia, retrognatismo, baixo peso e baixa estatura ao nascer.

Para marcar o inicio da campanha, um abraço aos jardins do Palácio de Karnak por centenas de jovens estudantes de escolas públicas do estado e uma caminhada pela Avenida Frei Serafim até o Hospital Getúlio Vargas (HGV). O governador Wilson Martins e o secretário de saúde Ernani Maia deram o ponta pé no movimento, organizado em parceria com a Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS), da Polícia Militar.

“Estas iniciativas contribuem para que diminuamos os acidentes e as mortes de nossos jovens, bem como lutando pelo direito a vida daqueles que estão na barriga de suas mães, os protegendo contra a SAF, que hoje é lançada por estes jovens de nossas escolas públicas que estão aqui”, disse o governador. Participaram da caminhada as unidades escolares Didárcio Silva, Pires de Castro, Milton Aguiar e Átila Lira.

Para o secretário Ernani Maia, a campanha tem como objetivo diminuir os efeitos desconhecidos da SAF. “Muita gente não sabe do perigo que corre ao ingerir bebida alcoólica não só na gravidez, mas por toda vida. Hoje estamos aqui alertando para estes riscos”, afirmou.

Nesta sexta (26), durante o último dia do Simpósio Álcool e Drogas na Contemporaneidade no Brasil e no Mundo, a SAF será tema de palestra do Dr José Mauro Braz de Lima, professor-doutor da UFRJ.

“No Brasil a SAF representa, sem dúvida, um das mais preocupantes questões da Saúde Materno-Infantil, sobretudo diante do preocupante aumento do consumo de álcool, notadamente de cerveja, registrado nestas duas últimas décadas quando nos tornamos um dos maiores produtores de bebidas alcoólicas do mundo. Vale observar que o Brasil passou a ser o terceiro maior produtor (e consumidor) de cerveja do mundo, ultrapassando a Alemanha, ficando atrás apenas da China e dos EUA”, explica o doutor.