Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Simpósio termina com mesa-redonda sobre o consumo de bebida alcoólica
O evento aconteceu no auditório do Hospital Getúlio Vargas discutiu no seu último dia, a SAF
O evento aconteceu no auditório do HGV e discutiu no seu último dia, a SAF
Uma pesquisa realizada pela Fundação Viva Bem em Teresina apontou que 80% dos adolescentes da capital consomem bebida alcoólica, sendo que a maioria de forma desordenada. A afirmação é do coordenador da ONG, o médico gastroenterologista Antonio de Barros Araújo, durante mesa redonda do Simpósio de Álcool e Drogas na contemporaneidade no Brasil e no Mundo nesta sexta-feira (26).
O evento aconteceu no auditório do Hospital Getúlio Vargas e discutiu no seu último dia, a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). A superintendente de Atenção à Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé, comandou a mesa-redonda, que contou ainda com a participação da psicanalista e especialista em intervenção precoce mãe-bebê, Edna Santos e o neuropediatra Francisco Alencar.
Durante o debate foi apresentado tanto a questão do consumo de álcool na gravidez, como o consumo dele na adolescência. Durante a gravidez é extremamente recomendável o não uso de insumo alcoólico, além de focar que o sexo feminino em idade fértil deve evitar o uso da bebida com teor alcoólico. ”Trata-se de uma questão interna da mulher. É preciso prestar acolhimento educacional, psicológico e emocional, não somente dizer que não pode, deixar aleatório e permitir que a gestante fique apenas com o sentimento de culpa”, comentou a Dra. Edna Santos.
No que diz respeito ao consumo adolescente de álcool, o médico gastroenterologista e professor universitário, Antonio Araújo, afirma que o consumo de álcool na adolescência aumenta em cinco vezes o risco de dependência. Segundo o médico, é preciso estimular o não consumo da bebida em todas as fases de desenvolvimento.
“No Brasil criou-se uma cultura de que o álcool é sinônimo de felicidade, fertilidade e bem estar, sendo que é justamente o contrário. O álcool é a maior causa de adoecimento e morte no país”, declara.
Por ser considerado um instrumento de sociabilidade, o consumo de álcool no país é cada vez mais incentivado e acessível. No entanto é válido ressaltar que tal atitude representa a maior causa adoecimento de mortes no país, pois além de problemas digestivos e psicológicos inclui também os acidentes de trânsitos provocados pela embriaguez do condutor do veículo.
O Simpósio de Álcool e Drogas na contemporaneidade no Brasil e no Mundo é uma realização da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí, e tem como objetivo discutir os efeitos do álcool e formular propostas de trabalho. Durante os três dias de eventos, o simpósio contou com a participação de mais de 300 pessoas entre profissionais e estudantes.
Por Flalrreta Alves