Com a finalidade de atender a demanda e seguindo as recomendações da Agência Nacional  de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Unidade de Hemotransfusão da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) passou por reforma e ampliação. Neste mês foi realizado um encontro para anunciar as mudanças na estrutura da agência e na sistematização dos procedimentos hemotransfusionais. Entre as orientações repassadas, as principais foram relacionadas ao acompanhamento obrigatório dos pacientes a partir do início do procedimento.

Segundo a enfermeira Sâmia Lopes, responsável técnica pela agência, o setor conta, agora, com três novas áreas: recepção, área de registro de dados e área de realização de testes de compatibilidade do componente sanguíneo a ser administrado. A Agência também passou a contar com a presença permanente, além de técnicos em Patologia, de Biomédicos, Biólogos e Enfermeiros. Dessa forma, o trabalho será mais ágil e vai resultar em importantes benefícios para os pacientes: mães e bebês.

“Essas mudanças vão melhorar e muito a qualidade dos procedimentos envolvendo hemoderivados. Vamos analisar melhor o material e melhorar o seu condicionamento. Orientamos que os profissionais responsáveis pela execução do procedimento escolham os melhores acessos (veias) e que haja tempo previsto para quatro horas”, afirmou a enfermeira.

Para o médico Joaquim Parente, chefe do Núcleo de Pesquisa da MDER, as mudanças vão trazer reflexos positivos. “A Maternidade Evangelina Rosa é um hospital de referência, aliás, é o único do Estado para atendimento de alta complexidade em Obstetrícia. É para esta maternidade que convergem a maioria das complicações do Piauí e de Estados vizinhos. Muitas dessas situações complexas estão representadas por situações hemorrágicas profusas e que requerem uma pronta intervenção e a mais apropriada para corrigir um estado hemorrágico é a hemotransfusão. Nossa Unidade Transfusional funciona 24 horas, de forma ágil e pronta para atender quaisquer situações emergenciais. Ganha a maternidade, mas, ganha, principalmente, as mulheres do Piauí”, afirmou Parente.
 

Por Aline Santos