Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Hemodinâmica do HGV trata aneurismas de forma mais simples
No total, 54 pessoas já foram tratadas com a nova técnica disponibilizada pelo hospital
Há cerca de um ano, o Serviço de Hemodinâmica do Hospital Getúlio Vargas (HGV) vem tratando de aneurismas cerebrais com um procedimento mais simplificado e menos traumático para o paciente, conhecido como embolização. No total, 54 pessoas já foram tratadas com a nova técnica disponibilizada pelo hospital, o único da rede pública de saúde do Piauí a realizar esse tipo de cirurgia.
Segundo o neurocirurgião Daniel França, o tratamento de embolização dos aneurismas cerebrais consiste na inserção de um cateter (pequeno tubo plástico) na artéria femoral na perna do paciente e navegação dele pelos vasos sanguíneos do pescoço até o aneurisma. Pequenas molas ou espirais de platina são inseridas pelo cateter e desdobradas no aneurisma, prevenindo sua ruptura. O processo dura em média 50 minutos e o percentual de sucesso é de 90%. Ainda de acordo com ele, há aqueles aneurismas que, por determinadas características, não permitem este tipo de tratamento, optando-se pelo tratamento tradicional.
“Em contraste com a cirurgia tradicional, em que é necessário tirar a calota craniana para alcançar o aneurisma (craniotomia), a embolização é menos agressiva, pois é minimamente invasiva e diminui as chances de infecção, além de reduzir o período de internação do paciente. Enquanto pela craniotomia o doente passa de quatro a sete dias internado em um leito de UTI, na fase pós-operatória, com a embolização o tempo médio é de apenas 36 horas”, enfatiza o médico.
A dona de casa Djanira da Silva Marcelina, 49 anos, da cidade de Picos, 266 km ao sul de Teresina, foi mais uma pessoa beneficiada com o tratamento. Ela passou por uma arteriografia e, através do exame, os médicos puderam diagnosticar o tamanho do aneurisma e qual tipo de intervenção indicada. A dona de casa foi submetida, com sucesso, ao procedimento de embolização, realizado pelo neurocirurgião Daniel França e equipe.
De acordo com o diretor do HGV, Carlos Iglézias Brandão, o Hospital conseguiu a habilitação para esse tipo de procedimento junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) por contar com um Serviço de Hemodinâmica moderno, que oferece todas as condições para esse tipo de tratamento, e dispor de uma equipe médica formada por especialistas. Além de tecnólogos, técnicos em radiologia, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Por Solinan Barbosa