O Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou, na tarde dessa quarta-feira (22), sua primeira captação de coração. A doadora, uma mulher de 28 anos, teve morte encefálica em decorrência de um acidente vascular cerebral hemorrágico. A captação aconteceu mediante a autorização da família.

O procedimento, que durou cerca de três horas, foi realizado no Centro Cirúrgico do Hospital pela equipe da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO), durante uma captação de múltiplos órgãos. Além do coração, também foram captados os rins, as córneas e o fígado.

Segundo João Gilson Cantuário, vice coordenador da OPO, o coração foi enviado para o Banco de Valvas Cardíacas Humanas da Santa Casa de Curitiba, no estado do Paraná, enquanto que o fígado e os rins foram para o Ceará. Já as córneas serão utilizadas em transplantes de pacientes que aguardam na fila de espera no Piauí.

O diretor do HGV, Carlos Iglézias Brandão, disse que, além de captar, o hospital está se estruturando para, também, começar a realizar transplantes de coração.  Ainda de acordo com ele, o Serviço Cirúrgico de Cardiologia em breve será inaugurado, criando as condições necessárias para iniciar o processo. Atualmente, o hospital faz transplantes de córneas e rins.

OPO

Com sede no Hospital Getúlio Vargas (HGV), a Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) é a parte operacional da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Piauí (CNCDO-PI). Tem o objetivo de realizar atividades de procura e identificação de potenciais doadores, falecidos e/ou com morte cerebral, de múltiplos órgãos (rins e fígado) e córneas.

Diariamente, uma equipe de plantão, formada por médicos, psicólogos e enfermeiros, percorre os hospitais e o Instituto Médico Legal (IML) de Teresina em busca de potenciais doadores.

Por Solinan Barbosa