Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Agrotóxicos em produtos expostos nos supermercados preocupa gestores
A média de 24% está acima do nível permitido ou não são autorizados
No segundo dia do Seminário Estadual sobre Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VIGIAGROTOXICO), realizado pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI), a Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (DIVISA) participou da Mesa Temática sobre o papel das instituições estaduais e de controle social na gestão, regulação, fiscalização e controle de defensivos agrícolas. O evento está sendo realizado no Diferencial Buffet, durante todo o dia.
A quantidade de agrotóxicos nas culturas analisadas em supermercados de Teresina tem preocupado os gestores estaduais. A média de 24% está acima do nível permitido ou não são autorizados para aqueles tipos de produtos. O dado, ainda parcial, é do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e foi divulgado pela a diretoria da Divisa, Tatiana Chaves, durante o Seminário.
Os dados são preocupantes, uma vez que esse tipo de veneno pode causar sérios riscos à saúde humana, que poderão variar desde sintomas como dores de cabeça, alergia e coceiras, até distúrbios do sistema nervoso central, hepatopatias e câncer, nos casos mais graves de exposição, como é o caso dos trabalhadores rurais. “Apesar de o percentual ter sido alto, nós já avançamos muito. Os comerciantes estão preocupados com esta realidade e estão tentando fazer o rastreamento até os produtores, garantindo assim a implantação das boas práticas agrícolas”, disse a diretora da Vigilância Sanitária do Piauí, Tatiana Chaves.
A Vigilância Sanitária do Estado tem desenvolvido ações que visam minimizar os riscos da população com o uso dos agrotóxicos. “Dentre as principais, estão as visitas de campo, com orientações e coleta de material biológico nos municípios, o monitoramento da água e as condições de trabalho dos trabalhadores, a participação em Seminários com palestras sobre os efeitos do agrotóxico na saúde do trabalhador e meio ambiente, em parceria com Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, FETAG, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, INPEV, Prefeituras (secretárias de educação abastecimento, saúde e meio ambiente) e os cursos de Saúde do Trabalhador para Atenção Básica, ministrados desde 2006”, destacou a gestora.
Por Cyntia Veras