Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Secretaria de Saúde lança cartilha sobre a SAF
A cartilha será distribuída nas unidades de saúde de todo o Piauí
Se o consumo de álcool entre mulheres grávidas é uma realidade nos dias atuais, saiba que isso poderá mudar. A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí lançou durante o II Simpósio contra Álcool e outras drogas diretrizes para reforçar o que já é uma recomendação dos médicos de todo o país: gestante ao consumir bebidas alcoólicas passa para o bebê provocando efeitos tóxicos.
A iniciativa é realizada através de uma cartilha onde apresenta de forma clara e objetiva as consequências da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que é causada pelo consumo de álcool pelas mulheres grávidas. O material é assinado pelo obstetra Alberto Monteiro Júnior e será distribuído em todo o Estado com o objetivo de difundir a doença que já atinge uma criança a cada mil nascidas.
Segundo Alberto Júnior, o consumo de bebidas alcoólicas prejudica algumas áreas do cérebro do bebê e compromete funções importantes, como o equilíbrio, aprendizado e memória e o relacionamento social. “A SAF tem vários níveis de gravidade, podendo provocar: alterações no rosto; atraso no crescimento e má coordenação motora; retardo mental, dificuldade de aprendizado, déficit na memória e problemas de relacionamento”, explica o obstetra.
O crescimento da síndrome vem preocupando profissionais de saúde de todo o Brasil, já que o país está ocupando no ranking mundial posição de destaque, como um dos maiores produtores e consumidores de álcool. “Atualmente, é cada vez mais precoce o início de uso de álcool entre adolescentes, e dados apontam que entre 30% a 40% da população feminina, em idade fértil, faz uso de álcool, até de forma abusiva, durante a gravidez”, enfatiza Alberto Monteiro.
Para saber se uma criança tem a síndrome alguns sintomas podem ser detectados: dificuldade de crescimento e alimentação; demora a começar a se movimentar, comer e falar; baixo peso ao nascer; bochechas achatadas; queixo fino; nariz curto; olhos pequenos e separados demais e lábio superior fino. “Não é necessário que a criança apresente, necessariamente, todas essas características. As alterações físicas causadas pela doença se tornam mais evidentes entre os dois e os dez anos, assim na adolescência, o que dá pra perceber melhor são as dificuldades de aprendizado e comportamento”, disse o especialista.
Por isso durante uma visita do profissional de saúde ou uma consulta médica realizada no período gestacional é fundamental que a mãe informe se consumiu alguma bebida alcoólica para que se possa descobrir se a criança tem SAF e receber o tratamento o mais rápido possível.
Lana Rios