Na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Especialistas afirmam que em todas as fases de nossa vida, qualquer pessoa está suscetível  a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas. Outra falha grave que vem sendo constatada nas campanhas de vacinação no Piauí é a falta da caderneta (cartão) de vacinação, que, segundo a coordenadora estadual de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Doralice Lopes, tem dificultado as notificações dos dados referentes às vacinas.

Doralice lembra que o Ministério da Saúde vem realizando campanhas voltadas para o público adulto desde 2010 e que os estados trabalham em parceria com o Governo Federal, a fim de vacinar o maior número possível de pessoas pertencentes ao público de adolescentes, adultos e idosos.

“No momento da vacina é comum o cidadão não apresentar a carteira de vacinação, pois a maioria deles perde e, por conta disso, são obrigados a tomar novamente a mesma vacina que tomou em algum momento da sua vida. Sem o cartão, fica impossível a comprovação e os nossos cadastros ficam incorretos, já que as doses são repetidas em muitas pessoas”, explica Doralice Lopes.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o indivíduo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem estar informadas sobre a vacinação", diz a coordenadora.

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura por toda a vida, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não torne a voltar.

Vacina dupla tipo adulto: Difteria e Tétano

A difteria é causada por uma bactéria que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febre e dores de cabeça; em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração. 

Quanto ao tétano, a toxina da bactéria causadora compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte.

A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. “Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz”, frisa Doralice Lopes.
 

Por Adrianno Magno