Márcio Sales/Sesapi Seminário sobre Óbito Materno-Infantil reúne cerca de 400 profissionais de saúde

No Brasil a vigilância do óbito materno, infantil e fetal é uma experiência que vem se aprimorando rápida e continuamente. Essa ação exerce papel relevante como instrumento para a melhoria dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) e como fonte de evidências para o aprimoramento da atenção à saúde no país, além da implantação eficaz da Rede Cegonha.

Para difundir essa experiência para os municípios piauienses, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) iniciou na manhã desta terça-feira (22), em Teresina, o II Seminário de Aprimoramento das Ações de Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal no Estado do Piauí, concentrando quase 400 profissionais, de mais de 130 municípios piauienses.

A abertura aconteceu na manhã desta terça, com a presença de gestores municipais, diretores e coordenadores da Sesapi, além de membros das coordenações nacionais do Ministério da Saúde (MS), ligadas à área de discussão, como Paulo Vicente Bonilha, coordenador geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, e Juan Cortez Escalante, coordenador geral de Informações e Análise em Saúde, ambos do MS.

“A intenção deste evento é discutir e somar ações que possam dar mais qualidade de vida aos nossos recém-nascidos e às nossas gestantes e mulheres em geral. Por isso, estamos bastante entusiasmados com a quantidade de pessoas comprometidas em apontar, através da apresentação de experiências encorajadoras e de capacitação de profissionais, as melhorias que possam trazer resultados positivos ao nosso Estado nesta área”, disse Cristiane Moura Fé, superintendente de Atenção Integral à Saúde da Sesapi, que, na oportunidade, representou o secretário de Estado da Saúde, Ernani Maia.

O evento conta com uma programação variada de ações voltadas para palestras, mesas redondas e diálogos coletivos. A conferência de abertura foi apresentada por Juan Cortez, citado anteriormente, e presidida pela coordenadora de Análises em Saúde da Sesapi, Zenira Martins. 



Juan mostrou a importância da vigilância do óbito materno, infantil e fetal no Brasil, com seus avanços e desafios. Segundo ele, “a intenção do Ministério da Saúde é que não morra nenhuma criança, mas, os desafios são muitos e para isso estamos trabalhando forte em varias áreas, desde os pequenos cuidados com os bebês, até metas estipuladas para os municípios. Prova disso foi que o Unicef nos deu, recentemente, o reconhecimento de país diminuidor da mortalidade infantil antes da meta estipulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2015. Mas, precisamos fazer mais ações, a exemplo deste seminário, que mostra o compromisso do Estado com a causa”.

Foi mostrado aos participantes o desempenho do país sobre os óbitos maternos notificados pelo Ministério da Saúde. Em 2009, foram 1872 óbitos; em 2010 este número foi reduzido para 1.719; em 2011 os óbitos reduziram para 1.612; já em 2012 os óbitos foram registrados em 1.508 e, até setembro deste ano, os óbitos estão 887. “Fizemos muito, mas, através de medidas simples podemos fazer muito mais”, disse Juan.

O Seminário se estende até esta quarta-feira (23) com outras importantes ações e amostragem de dados e diretrizes do Ministério da Saúde para os municípios.
 

Por Adrianno Magno