Colocar o sistema público de saúde do estado em plano de emergência foi uma das primeiras ações administrativas do governador Wellington Dias (PT) logo que assumiu o governo, em janeiro deste ano, pois o que constatou na época foi estarrecedor, com hospitais e unidades de saúde fechados por falta de condições de funcionamento. O resultado da ação emergencial é que agora, além da reabertura dos serviços, quase 100 Unidades de Terapia Intensiva estão sendo construídas em vários municípios, incluindo Teresina, para suprir as necessidades de atendimento de urgência dos piauienses, além da normalidade do atendimento básico.

Em visita ao Hospital Tibério Nunes, em Floriano, ainda em março deste ano, o secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, já dizia que uma das metas do governador Wellington Dias era desafogar o atendimento emergencial em Teresina, considerando que grande parte dos atendimentos é proveniente do interior do Piauí. “É nossa meta fortalecer o atendimento de média e alta complexidade em Floriano e em outros municípios do Estado”, lembrava ele. Pois bem, isso agora, segundo ele, começa a se transformar em realidade.

No Tibério Nunes, por exemplo, estão em fase de conclusão as obras de construção de dez leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e mais dez leitos da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), também neonatal. E mais obras estão previstas para Floriano, que vai ganhar o Centro de Parto Normal e a Casa da Gestante, de especial atenção à mulher. Para o governador Wellington Dias, iniciativas como estas serão permanentes, com atenção voltada também para a melhoria do atendimento na capital, que ainda recebe a maior parte dos procedimentos emergenciais.

Mas as ações não param por aí. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informa que estão sendo implantados em todo o Estado 98 leitos para tratamento intensivo, voltados para UTIs Adulto e Neonatal, bem como Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs). Esse número de leitos também inclui o Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina. O secretário Francisco Costa frisa que pelo menos R$ 7 milhões estão sendo investidos na construção dessas UTIs.

O HGV, em Teresina, será contemplado com 10 leitos: seis leitos cardíacos e quatro leitos coronarianos. Essas obras, conforme a Sesapi, estão em fase de licitação. O hospital também vai ganhar mais quatro leitos de UTI Adultos. Todas essas obras deixarão o hospital com 30 leitos de UTI.

Descentralização do atendimento – De acordo com o governador Wellington Dias, essas unidades custam caro, mas o Estado tem que suprir as necessidades da população e, por isso, sua meta é dotar a rede estadual de emergência com capacidade para minimizar as grandes demandas, e investir nessa área nos municípios do interior, segundo ele, é imprescindível nesse processo de descentralização do atendimento. Nos hospitais do interior serão construídos 74 novos leitos.

Em Oeiras, citando outro exemplo, no Hospital Deolindo Couto, está sendo finalizada a obra de adequação de uma UTI Adulto, de sete para 10 leitos, além da instalação dos equipamentos da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN), com cinco leitos.

No Hospital Chagas Rodrigues, em Piripiri, o Governo do Estado espera a conclusão da licitação para adequação de uma UTI Adulto, que passará a contar com mais três leitos, passando de sete para 10, além de uma Unidade de Cuidados Intermediários, com 10 leitos. Já em Parnaíba, de acordo com a Sesapi, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde receberá mais 10 leitos na UTI, e outros 10 leitos serão instalados na Unidade Neonatal (UTIN).

O município de Picos também está sendo contemplado. O Hospital Regional Justino Luz passa por uma adequação do projeto de UTI Adulto, de 7 para 10 leitos, e de uma UTIN e uma UCIN, com 10 leitos, cada. Esta obra, segundo o secretário Francisco Costa, está 50% executada.

Capacitação dos profissionais – Francisco Costa argumenta que essa oferta de leitos de UTIs no interior do Estado busca, além da descentralização dos serviços, resolver os casos que requerem tratamento intensivo nas regiões de saúde. “Com isso, em pouco tempo, o usuário não precisará mais se deslocar para buscar a já pequena oferta de leitos na capital”, assinala.

“Paralelamente a isso, estamos capacitando profissionais da região para que possamos garantir o cuidado em terapia intensiva tanto de atenção neonatal como também na UTI geral e, dessa forma, amenizar um pouco esse sofrimento que existe no estado por deficiência de leitos de UTI”, completa.

Atualmente, são disponibilizados 171 leitos de UTIs adulto e neonatal, além de leitos de UCI pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Estado. Somente pelo Estado, são 80 leitos.

O secretário concorda que, mesmo com essas intervenções, não será possível, ainda, suprir a necessidade do estado, pois é contínuo o aumento populacional, provocando mais atenção do poder público, tanto estadual como municipais, com a ajuda do governo federal. “No entanto, o que o Governo Wellington Dias realiza agora significa um avanço importante, e a maioria das obras já está bem avançada. Por outro lado, estamos trabalhando em parceria com o Ministério da Saúde nessa implantação da Rede de Urgência e Emergência em outras regiões de saúde do estado”, finaliza Francisco Costa.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação do Piauí