A realização de exames genotóxicos, que avalia se a pessoa está propensa ou não a desenvolver o câncer, será realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde e Universidade Estadual do Piauí(UESPI). A proposta de cooperação técnica foi apresentada pela Diretoria de Vigilância Sanitária(DIVISA) e o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador(CEREST) e aprovada durante reunião nesta quinta, dia 10, do Conselho Estadual de Saúde.

A proposta surgiu diante da necessidade do CEREST de ter apoio laboratorial para fiscalizar efeitos agudos e crônicos de agentes mutagênicos não identificados em avaliações clínicas rotineiras. E a UESPI dispõe de um laboratório destinado a realizar análises de prevenção contra cânceres, o LABMINBIO - Laboratório de Biologia Molecular e de Estudos de Injúrias Biológicas. O laboratório já possui profissionais capacitados tecnicamente e estrutura física para atender a capacidade do CEREST e deve ser inaugurado no mês de agosto.

O objetivo do LABMINBIO é promover a saúde do trabalhador e da comunidade com a realização de exames preventivos que avaliam os riscos tóxicos, citotóxicos, genotóxicos e mutagênicos relacionados à exposição aguda ou crônica a agentes químicos e físicos potencialmente carcinogênicos.

O trabalho em locais insalubres tem sido responsável pelo surgimento de doenças crônicas como a hipertensão, as lesões de esforço repetitivo, as doenças alérgicas e vários tipos de cânceres. “O resultado disso é a diminuição do tempo de vida útil do indivíduo e aumento dos gastos com tratamentos médicos”, destacou Tatiana Chaves.

Em alguns locais, a exposição acontece com agentes mutagênicos e que podem desenvolver câncer. Nesses casos, deve-se fazer um monitoramento laboratorial periódico deste trabalhador. “Exames bioquímicos rotineiros não detectam alterações que previnam o câncer. O ideal é a realização de exames genéticos, que são os testes genotóxicos”, explicou a diretora.

O CEREST/PI foi inaugurado em agosto de 2004 e desde então, vem desenvolvendo ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por meio da prevenção e vigilância. “A parceria com a UESPI na realização desses exames é uma grande conquista para o Estado e principalmente para os profissionais de saúde, a comunidade científica e todos aqueles trabalhadores que se expõem diariamente a derivados de produtos que possam causar algum dano para a sua saúde”, finalizou Tatiana Chaves. 

Por Cyntia Veras