Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
HGV realiza procedimento inédito em parceria com o CEIR
O objetivo do tratamento inclui a melhora da função motora, mobilidade e diminuição de desconforto. .
O Hospital Getúlio Vargas(HGV) realiza nesta segunda-feira (27) uma cirurgia funcional para tratamento de pacientes que precisavam ficar com as pernas amarradas devido a graves movimentos involuntários. A cirurgia será realizada com auxílio de monitorização neurofisiológica dando precisão e favorecendo o melhor resultado. Este é um trabalho conjunto do HGV com o Centro Integrado de Reabilitação(CEIR).
O paciente é o estudante Taylon Moreira de Araújo, 21 anos, que sofreu uma queda em 2012, na praça do município de Guadalupe/PI, fraturou o pescoço e ficou paraplégico. Cadeirante, devido aos fortes movimentos involuntários, apresenta intensas e bruscas contraturas das pernas. Taylon já realizou duas cirurgias reparadoras e hoje vai realizar um procedimento conhecido como Rizotomia Dorsal Seletiva.
Segundo o neurocirurgião Francisco Alencar, responsável pelo procedimento, e superintendente executivo do CEIR, esta parceria possibilita aos pacientes receber tratamento de reabilitação na sua totalidade. “O paciente recebe as terapias de alta complexidade de reabilitação no CEIR associadas aos procedimentos cirúrgicos também de alta complexidade no HGV”, destaca.
Ele explica que pacientes com graves distúrbios motores, que às vezes vivem contidos no leito ou mesmo em cadeiras de rodas, necessitam de cirurgias para tratamento de espasticidade, quadro caracterizado por graves contraturas e intensos espasmos musculares. “Corresponde a um distúrbio que aparece decorrente de diferentes doenças, dentre as quais destacamos, por sua maior freqüência, a paralisia cerebral, a lesão medular e a lesão encefálica”, explica o médico.
O neurocirurgião explica que o tratamento cirúrgico através da secção de partes dos nervos com respostas nervosas patológicas é o único procedimento que oferece uma redução permanente da espasticidade. Este procedimento é realizado em hospital de alta complexidade em Neurocirurgia, como o HGV.
Ele diz que “os objetivos reais do tratamento não são simplesmente melhorar amplitude de movimento, mas também, inclui a melhora da função motora, maior mobilidade, maior independência, diminuição de desconforto e cuidados mais fáceis”, destaca.
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“O certo é que quem ganha com isso somos todos nós, pois passamos a ter atendimento público de saúde e a adequada assistência a quem tem necessidade de reabilitação. Procedimentos semelhantes são realizados nos Estados Unidos por um valor maior de R$ 150 mil reais e aqui é feito totalmente gratuito para o paciente através do SUS”, afirma Francisco Alencar.
Ele ressalta que procedimentos como este e outros da Neurocirurgia Funcional assumirão cada vez mais espaço na rotina do Hospital Getúlio Vargas.
Por: Fátima Oliveira