A assessora do gabinete da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde, Maria Helena Brandão, e a consultora técnica da SAS/MS para o Estado do Piauí, Claunara Schilling Mendonça, estão em Teresina para discutir questões relacionadas à saúde, que necessitam do apoio do governo federal. Ontem elas se reuniram com o secretário estadual de Saúde, Nazareno Fonteles, e com os diretores da Sesapi. A visita é uma conseqüência da audiência que o governador Wellington Dias teve com o ministro da Saúde, Humberto Costa, na semana passado, quando fez várias solicitações, entre elas, pediu ajuda para solucionar o problema da falta de leitos de UTI em Teresina. Durante a reunião com as técnicas, o secretário Nazareno falou do encontro que teve com os diretores de hospitais privados e filantrópicos, e o gestor municipal do SUS, para solicitar o credenciamento de mais leitos de UTI nos referidos setores. Ele disse ainda que acredita que a inauguração da UTI do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (HDIC) pode amenizar o problema, mas pediu ajuda ao ministério no sentido de liberar recursos federais para colocar a UTI em funcionamento. A técnica do Ministério acrescentou que a criação de unidades semi-intensivas representa hoje uma necessidade comum entre os Estados, tendo em vista, sobretudo, a dificuldade de recursos humanos preparados para trabalhar nas UTI’s, como médicos intensivistas. Ela admite que é uma saída que poderá desafogar as UTI’s. O secretário estadual de Saúde, ainda destacou como principal prioridade na área da saúde a habilitação do Estado à condição de Gestão Plena do Sistema Estadual. Para isso, o Estado tem que cumprir vários requisitos, como apresentar o Plano Estadual de Saúde, aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde e o Plano diretor de Regionalização, e comprovar a implementação da Programação Pactuada e Integrada (PPI) das ações ambulatoriais, hospitalares e de alto custo. As técnicas do ministério acham que essas ações devem estar finalizadas até julho para que o Estado seja credenciado em agosto desse ano. Uma outra preocupação de Fonteles é quanto a um tipo de virose, que inclusive, pode até ser uma forma variante da dengue, que está tomando conta de Teresina e de outros municípios do Estado. “Muitos hospitais estão pedindo aumento das AIH por conta de internações ocasionadas por essa virose. Além disso, essa situação termina provocando um desgaste no governo, porque apesar de Teresina ser gestão plena há seis anos, a dengue acaba repercutindo junto à população como um problema que deve ser resolvido pelo governo”, comentou o secretário. As técnicas do ministério que estão em Teresina também estão ajudando a secretaria na implementação da regionalização da saúde, adequando-a às prioridades dos governos federal e estadual. Nazareno ressaltou que para a regionalização acontecer, é necessário investimento em recursos humanos e estrutura física dos hospitais do interior, para isso é essencial a liberação dos recursos previstos no orçamento da União, destinados para equipar e reformar hospitais. As duas técnicas do ministério permanecem até amanhã (terça-feira 20/05) na capital, onde continuam ouvindo reivindicações e conferindo, “in loco”, outros interesses da saúde, acompanhados dos diretores da Sesapi.