Durante a reunião com os diretores das regionais de saúde, a Secretaria Estadual de Saúde também apresentou o Plano Estadual de Eliminação do Tétano Neonatal. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesapi, Adriana Araújo, a recomendação do Ministério da Saúde é que o tétano neonatal deve ser eliminado em todo mundo até o ano de 2005. “O Piauí já elaborou um plano estadual que tem que ser desenvolvido em todos os municípios”, enfatiza Adriana. Segundo a coordenadora, o último caso de tétano neonatal que teve no Estado foi registrado no ano 2000, no município de Ribeira do Piauí. “Para a gente manter esse controle temos que vacinar todas as mulheres em idade fértil, que para o Ministério da Saúde significa vacinar as mulheres que têm entre 15 a 49 anos, mas no Piauí é recomendável que a vacinação se inicie aos doze anos, em função da existência de muitos casos de gravidez precoce”, ressalta. Ela explica que até outubro desse ano essas mulheres em idade fértil têm que ser vacinadas com pelo menos duas doses da vacina contra o tétano neonatal, sendo que ainda existe uma terceira dose para proteção contra o tétano acidental. A coordenadora ainda acrescenta que o maior risco da mãe não ter sido vacinada é a criança contrair o tétano neonatal, ela alerta que a letalidade (morte) dessa doença na criança é muito alta. “Se a criança contrair o tétano neonatal, a possibilidade dela morrer gira em torno de 100%. E no Piauí esse risco é ainda maior, porque existem muitos partos realizados em domicílio, sem condições de higiene, e ainda tem o problema da falta de educação da mãe na hora do trato com o cordão umbilical, normalmente ela coloca fumo ou outro produto para sarar, tudo isso pode ocasionar o tétano, porém, se a mãe se vacina contra o tétano neonatal a criança nasce protegida por causa dos anticorpos da mãe vacinada”, afirma Adriana. O Ministério da Saúde irá disponibilizar R$ 416 mil para operacionalização e divulgação dessa campanha, destacando as ações de investimento na mídia, treinamento de pessoal, deslocamento de vacina e pessoal. “O maior montante dessa verba é para divulgação, objetivando alertar e sensibilizar as mulheres para que procurem os postos de saúde, e para que os próprios profissionais de saúde façam um trabalho de conscientização”, destaca Adriana. A partir da reunião com os diretores, cada regional já vai trabalhar com os seus respectivos municípios para operacionalizar o plano de erradicação do tétano neonatal no Estado.