A Secretaria Estadual de Saúde realizou nesta sexta-feira o “I Fórum de Educação Permanente em Saúde no Piauí”, para iniciar o debate sobre ensino e serviço, visando subsidiar a estruturação do Pólo de Educação Permanente em Saúde, que é um espaço de articulação de uma ou mais instituições voltadas para a formação e educação permanente de recursos humanos em saúde.
Esses pólos de capacitação vêm exercendo importante papel junto aos gestores do SUS na formulação e operacionalização de uma agenda de trabalho voltada para orientar a formação, capacitação e educação permanente das equipes da Saúde da Família. A coordenação do pólo piauiense também terá a participação do Núcleo de Estudos de Saúde Publica da UFPI, Facime, do Conselho Municipal de Secretários de Saúde e da Facid.
Para o secretário estadual de Saúde, Nazareno Fonteles, um dos grandes desafios para melhorar a área da saúde é o desenvolvimento de recursos humanos. “A implantação de pólo de capacitação permanente é importante não somente pelo aspecto pedagógico mas, principalmente, porque a formação permanente é uma tarefa que deveria ser cotidiana tanto no setor público como no privado”, destaca Nazareno. Ele acrescenta que esse instrumento de capacitação deve buscar não somente a formação técnica/profissionais dos diversos profissionais e gestores, mas também investir na educação popular para que a população o sistema de Saúde, e ainda priorizar a renovação dos currículos, incorporando o espírito de defesa do SUS como patrimônio público e de reforma do Estado mais avançada que o país tem.
Durante o evento, o representante da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, do Ministério da Saúde, José Ivo Pedrosa, apresentou a proposta do pólo de Educação em Saúde. “Deixa-me muito feliz ter escutado do secretário de saúde do Piauí esse compromisso com o processo de formação. É muito bom saber que saúde está sendo pensada de uma maneira mais ampla, está sendo colocada na pauta do dia como a direcionalidade que a reorganização do sistema tem que ter”, enfatiza José Ivo.
Ele acrescenta que o Piauí está tendo uma oportunidade ímpar de estabelecer esse compromisso de repensar como formar mais gente, e que metodologia podem ser utilizadas nesse processo. “Isso é essencial porque estamos tratando de um objeto que é muito delicado que é a questão da saúde e da doença, que meche com sofrimento e toda a vida de uma pessoa”, ressalta o representante do governo federal.
Ele ainda frisou que o Ministério da Saúde acredita nos pólos de educação permanente em saúde para assegurar as diretrizes da ação política adequadas para o fortalecimento do SUS. “Essa nova visão de governo, onde prevalece a capacitação dos profissionais, vai melhorar a qualidade do serviço em saúde em todo país”, destaca Ivo.
O fórum foi realizado no auditório do departamento de enfermagem da Universidade Federal do Piauí, e contou com a presença do médico e professor Noé Fortes, que representou o reitor da Ufpi, Pedro Leopoldino, e da coordenadora geral da Agência Regional do Profae-Pi, Lins Medeiro, além da diretora da Unidade de Gestão de Pessoas da Sesapi, Solange Maria. Também participaram do fórum gestores, representantes de instituições de ensino, estudantes, trabalhadores em saúde, conselhos municipais de saúde e do conselho estadual de saúde.