Termina nesta sexta-feira o Seminário sobre Investigação do Óbito Materno, com a realização de trabalhos em grupos, apresentação dos casos por grupos, discussão dos casos de óbito materno, e definição das etapas para implantação do Sistema de Investigação dos Óbitos das (MIF).Mulheres em idade fértil nos municípios , de 10 a 49 anos, no Brasil O seminário está sendo realizado no Instituto de Perinatologia Social da Maternidade Dona Evangelina Rosa, nos turnos manhã e tarde. Ele tem como objetivo principal estabelecer o sistema de investigação do óbito de mulheres em idade fértil e melhorar o sistema de informação sobre mortalidade no município. Visando colaborar com essa iniciativa, participaram do evento, fazendo as palestras do primeiro dia de abertura, a técnica do Comitê Nacional de Prevenção de Mortalidade Materna do Ministério da Saúde, Regina Coeli Viola, e o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Hélvio Bertolozzi Soares. Durante a solenidade, realizada na última quinta-feira, o secretário estadual de Saúde, Nazareno Fonteles, ressaltou a importância de ações e políticas no setor materno infantil para melhorar todos os índices de saúde. Já o presidente do Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna (CEPMM), Joaquim Vaz Parente, lamentou que o motivo da realização do seminário seja o alto índice de mortalidade materna no país e no Piauí. “Isso nos envergonha”, afirmou Parente. Ele destacou que quando foi realizado o primeiro seminário para discutir a mortalidade materna, em 1984, existiam oitos comitês de mortalidade materna nas oito principais regionais de saúde do Estado, e hoje se restringe a duas pessoas, que agora tentam reestruturar o comitê. “Estamos tentando mais uma vez colocar um trabalho que foi prejudicado por motivos políticos, como a substituição de governos, quando, na verdade, eles deveriam ser o principal fator de ajuda aos comitês, tendo em vista que eles podem incentivar a mudança do comportamento, através da informação”, destaca o médico. E a Coordenadora do Programa Estadual de Atenção à Saúde da Mulher, Maria Auzeni de Moura Fé, que também é membro do CEPMM, ressaltou a necessidade dos municípios melhorem o sistema de informação sobre mortalidade materna para que as ações preventivas sejam intensificadas, no sentido de reduzir os índices existentes. Para a diretora da maternidade Dona Evangelina Rosa, Oneide Santos Rocha, é relevante que esses conselhos funcionem para que sejam adotadas ações preventivas, que começam antes mesmo do parto, com uma boa nutrição da mãe. O seminário também contou com a participação de representantes da Fundação Municipal de Saúde, do Conselho Regional de Medicina, da Associação Brasileira de Enfermeiras Obstetras (Afenfo), da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia (SOPIGO), do Conselho Regional de Enfermagem, da Sociedade de Colposcopia e da Sociedade de Citopatologia, além de estudantes universitários e médicos. No primeiro dia do evento, foram feitas homenagens à médica e ex-diretora da Maternidade Evangelina Rosa, Onesima Maria Teixeira Moreira Nascimento, que faleceu às 3h00 desta quinta-feira. A diretora da maternidade, Oneide Rocha, pediu um minuto de silêncio aos participantes.