O governador Wellington Dias e o secretário estadual de Saúde, Nazareno Fonteles, inauguraram, na última quinta-feira (30/10) a reforma e ampliação do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi). “É com muito orgulho que entregamos uma obra desse porte, que foi trabalhada em conjunto com o governo Lula e o nosso governo. Foram aplicados cerca de R$ 5 milhões, entre a reforma e ampliação da estrutura existente, bem como a compra de modernos equipamentos”, enfatiza Wellington.
Segundo o governador, as novas instalações do Hemopi possibilitam melhores condições de atendimento numa área que é vital, porém, normalmente só é reconhecida como tal quando alguém sofre um acidente e precisa ter segurança que vai receber um sangue sadio. “Essa mudança representa um conquista, especialmente, para os hemofílicos, que são pessoas que no seu dia a dia precisam estar renovando com segurança o seu sangue. Portanto, é uma alegria oferecer para o povo do Piauí essa bela obra, como tantas outras que o governo está entregando agora”, enfatiza Dias.
O secretário de Saúde, Nazareno Fonteles, disse que a obra tem um significado muito importante, tanto para o governo como do ponto de vista da saúde. “O Hemopi é o coração da política de sangue do Estado do Piauí e de boa parte do Maranhão. Todos os hospitais, públicos e privados, dependem dele. Então, ele tem uma responsabilidade muito grande, por isso é necessário ter estrutura para oferecer um sangue de qualidade. É da maior importância essa sede, porque a anterior, além de muito precária, também é condenada pela ANVISA”, comenta Nazareno.
Ele acrescentou que o prédio vai funcionar como escola de capacitação de servidores do órgão, por isso conta com salas de aula, biblioteca e auditório para 200 pessoas. “Além de ter a parte assistencial vamos oferecer essa parte de formação, para novos profissionais e estudantes. Isso mostra a importância que tem a obra, e a população mais sofrida vai perceber que agora tem uma instalação descente para lhe servir da forma melhor”, destaca o secretário.
Segundo a diretora do Hemopi, Lúcia Brasil, as novas instalações do Hemopi vão oferecer algumas vantagens em relação ao atendimento ao doador, como, por exemplo, a existência de 12 cadeiras flexíveis, com controle remoto, para possibilitar ao doador uma comodidade maior e um atendimento mais rápido. “Existe uma preocupação com a velocidade do atendimento porque o doador não pode ultrapassar 15 minutos no ato da doação, então, essa quantidade de cadeiras existente dentro da sala de coleta vai agilizar e fazer com que esse trabalho seja melhor. Dessa forma, o doador pode voltar para a casa mais cedo, enfim, vamos oferecer um atendimento bem planejado”, destaca Lúcia.
Além disso, o Hemopi oferecerá novos serviços, como o exame de biologia molecular para diagnóstico da AIDS e da Hepatite C. Também irá fazer uma implementação do serviço de atendimento ao hemofílico, contará com os setores ambulatorial, de fisioterapia, além de oferecer atendimento médico-odontológico. “Vamos fazer permanentes encontros com a presidente da associação dos Hemofílicos para que possamos dar para essas pessoas uma melhor qualidade de vida, considerando que as pessoas que possuem essa doença têm uma vida média muito pequena”, ressalta Lúcia.
“É preciso ter cuidado na seleção do doador e no preparo do sangue”
A solenidade de inauguração do Hemopi contou com a participação da Gerente Geral de Sangue da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Beatriz Mac Dowell Soares, que estava representando o diretor-presidente da instituição federal, Cláudio Peçanha Henrique.
Ela comentou sobre a situação do país, em relação à qualidade e doação, destacando que apesar dos avanços, é preciso ter muito cuidado com a seleção do doador e com o preparo desse sangue. “Sem dúvida nenhuma, temos melhorado, continuamente, a política de sangue no Brasil. Hoje podemos dizer que temos um sangue de qualidade, mas quando falamos de saúde, nunca podemos ter 100% de segurança em nada. Qualquer procedimento médico tem risco. E o sangue é um veículo de doenças, por isso mesmo é importante o papel do doador consciente, que informa corretamente o seu passado, no momento da entrevista, para que ele não seja, até ingenuamente, transmissor de uma determinada doença para quem precisa receber sangue”, diz a gerente.
Beatriz ainda destacou a importância da inauguração da reforma e ampliação da sede do Hemopi para a ANVISA, tendo em vista que o órgão federal prima por uma melhor qualidade na oferta de sangue, como para o benefício da população. “Esta obra sem dúvida é importante para nós, enquanto Vigilância Sanitária, tínhamos uma expectativa muito grande, que foi concretizada, porque ela vai poder oferecer aos profissionais e a todo processo de obtenção do sangue para uso, uma qualificação e segurança a mais”, enfatiza Beatriz.
Segundo a gerente, o Hemopi, ainda vai poder fazer a parte de capacitação de pessoal, que é um trabalho contínuo, realizado, via Ministério da Saúde, com as secretarias estaduais de Saúde. “A tendência é, com essa nova estrutura, podermos estar oferecendo para a população um sangue de melhor qualidade”, finaliza.