O secretário estadual da Saúde, Nazareno Fonteles, está aproveitando seus últimos dias no cargo para visitar hospitais do interior. No último final de semana, ele foi a cinco hospitais da região norte do Estado. “Estávamos em débito com essa região. Essas visitas já fazem parte da tarefa de acompanhar de perto o trabalho realizado nos hospitais, principalmente nos regionais. O que podemos constatar é que a semente foi plantada é de boa qualidade, está dando bons frutos porque os hospitais públicos estaduais estão cada vez mais comprometidos com a qualidade da assistência oferecida à população”, declara Nazareno. Na sexta-feira ele visitou a 12ª Gerência Regional de Saúde e o Hospital Regional Senador José Cândido Ferraz, em São Raimundo Nonato, além do Hospital Regional Teresinha Nunes de Barros, em São João do Piauí. E no sábado a programação continuou no hospital regional Leônidas Melo, em Barras, no Hospital Estadual Júlio Hartman, em Esperantina, e no Hospital Estadual Gerson Castelo Branco, em Luzilândia. “Verifiquei uma melhoria substancial em todos esses hospitais, desde um maior engajamento dos profissionais de saúde, à utilização de aparelhos que antes estavam encaixotados e agora estão prestando assistência à população. Além disso, os diretores estão preocupados em oferecer um maior conforto à população, colocando ventiladores e ar-condicionado nas enfermarias. Acho que acertei na definição de critérios técnicos para gerenciar os hospitais”, disse Nazareno. O secretário ficou impressionado com o que viu no hospital de São Raimundo Nonato, que estava praticamente fechado quando ele assumiu o cargo, sem nenhum paciente internado. Hoje o hospital Cândido Ferraz interna uma média de 372 pacientes por mês, chegando a ter 560 pacientes internados no mês de maio, e ainda realiza cerca de 30 cirurgias mensais. “Encontramos a maioria dos hospitais acabados e abandonados. O hospital de São Raimundo Nonato é um exemplo, o mato estava tomando conta dele. Se hoje conseguimos fazer tantas mudanças em tão pouco tempo nesse local, então eu só posso concluir que estavam assaltando os cofres públicos”, comenta o secretário da Saúde. Entre as mudanças ocorridas nesse hospital, foi instituído o plantão 24 horas, e ainda foram contratados profissionais essenciais para o funcionamento adequado do hospital, como bioquímicos, enfermeiros e nutricionistas. Também foram comprados novos equipamentos de fisioterapia e a ambulância foi recuperada. A secretaria da Saúde vai enviar um motorista para ficar à disposição do hospital. A direção do hospital já está fazendo licitação para aquisição de ar-condicionado. Das dez enfermarias existentes no hospital, duas já estão climatizadas. O número de leitos existentes foi ampliado de 37 para 49 leitos. De acordo com a diretora do hospital de São Raimundo Nonato, Dulcineide de Oliveira koshimura, são realizadas mensalmente cerca de 1600 exames, 1800 procedimentos ambulatoriais e 2000 procedimentos ambulatoriais. Seguindo uma tendência de humanização do atendimento na área da saúde, as enfermarias pediátricas foram decoradas com desenhos e equipadas com televisão e brinquedos para que as crianças tenham maior conforto no período de internação. Segundo a diretora, o apoio da secretaria foi fundamental para que todos esses avanços ocorressem, tendo em vista que em outras gestões o hospital público recebia menos Autorização de Internação Hospitalar (AIH) do que os hospitais privados da capital. O envolvimento da diretora e dos 75 profissionais que trabalham no local também foi essencial para melhor servir à população. Em São João, Nazareno Fonteles visitou o Hospital Regional, e conferiu a recuperação de equipamentos, como o aparelho de Raio-X, que depois de ter passado vários anos sem uso agora está funcionando. Ele ainda visitou a Maternidade Municipal Mãe Eliza, acompanhado da secretária municipal de Saúde. Na oportunidade, a secretária disse que iria marcar para essa semana uma reunião para firmar o Termo de Compromisso entre Entes Públicos, para que a prefeitura repasse sistematicamente, dentro do prazo, os recursos do hospital estadual. O atraso sistemático desses recursos pode implicar na desabilitação do município com gestor plena do sistema de saúde.