Os alunos do Curso de História da Universidade Federal do Piauí (UFPI), sob a coordenação do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), realizam hoje, das 8h às 17h, no Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), um "Dia de Coleta de Sangue”.
A idéia dos organizadores do evento é de que sejam coletadas pelo menos 100 bolsas de sangue. Durante o evento, a organização irá distribuir lanches e camisetas para os doadores, sendo que todo o sangue coletado será enviado para o estoque do Hemopi.
De acordo com a supervisora de Educação, Informação e Marketing do Hemopi, Maria Teixeira, campanhas como esta são sempre positivas, uma vez que ajudam a estabilizar o estoque de sangue do centro. “Atualmente estamos sem estoque do sangue B positivo, mas na semana passada, por exemplo, faltava todo tipo de sangue”, comenta Maria.
Maria Teixeira lembra que o Hemopi está sempre aberto para as parcerias e, no caso da Ufpi, a parceria vem dando certo ao longo dos anos. “A idéia de realizar estas campanhas em instituições públicas como a Ufpi surgiu em 1994, quando eu apresentei o meu projeto de conclusão do curso de sociologia cujo tema era ‘Transfusão Sangüínea: um problema que só se resolve com a doação de sangue”, ressalta.
Segundo Maria Teixeira, desde este período, as campanhas de coleta de sangue se intensificaram, sendo que constantemente o Hemopi recebe convites de instituições sensíveis com a causa de ajudar o centro na coleta de sangue. “Tem sempre um grupo disposto a colaborar doando sangue. E é importante que as pessoas façam parceria com o Hemopi, promovam palestras, coletas de sangue no seu bairro, na sua empresa, na sua escola ou na sua universidade", destaca a supervisora.
Mesmo estando com uma situação mais estável nos últimos dias, a supervisora destaca que é importante que as campanhas continuem sendo realizadas e que as pessoas procurem o Hemopi para fazer doação de sangue, já que está se aproximando o período do Carnaval e a procura por sangue neste período é sempre grande.
Atualmente, o Hemopi atende a uma média de 78 pessoas por dia. Um dado curioso, segundo Maria, é que média de doação no período de 10 ao dia 30 de dezembro foi a mesma do dia 1º de janeiro até ontem. No entanto, em dezembro o estoque de sangue estava em crise, sendo que em janeiro, mesmo com as cirurgias programadas, a crise foi administrada. “Isso mostra que a violência e os acidentes de trânsito consomem mais sangue que as cirurgias”, destaca.