O Hospital Getúlio Vargas (HGV) tem se tornado referência em “Cuidados Paliativos” ao paciente. Esses cuidados consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar garantindo melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares.

A iniciativa tem beneficiado pacientes que enfrentam doenças graves e seus familiares. O projeto que contempla essas ações faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), que iniciou no hospital em 2022 e já está colhendo bons frutos.

Para a diretora-geral do HGV, Nirvania Carvalho, o Projeto tem impactado de forma positiva no cuidado ao paciente.  

“Observa-se uma maior sensibilidade da equipe acerca da temática, o que tem impactado positivamente na prática assistencial, trazendo mais direcionamento e segurança a toda equipe multiprofissional”, afirma.

Segundo o superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo, tais práticas garantem um processo de adoecimento mais leve para o paciente, família e equipe.

“Além de evitar medidas desnecessárias que poderiam impactar no desconforto e sofrimento , na taxa de ocupação de leitos, e nos gastos para o serviço de saúde”, explica o gestor.

Segundo a médica Yane Resende, que faz parte do Projeto, foi adotado na instituição uma ferramenta para guiar a equipe, chamada Supportive and Palliative Care Indicators Tool (SPICT).

“Ela facilita as melhorias nos cuidados prestados por profissionais de saúde, usando os princípios de cuidados paliativos. Essa ferramenta está inserida no sistema informatizado do HGV, onde cada médico pode aplicar na admissão dos pacientes, e o resultado encontrado auxiliar na tomada de decisão sobre priorização de conforto para àquele  onde foi definido o cuidado paliativo”, explica a médica.

Para o coordenador do Núcleo Integrador de Avaliação e Vigilância em Saúde do HGV, Nazareno Coutinho Júnior, os resultados já são visíveis. 

“Somente no  mês de maio deste ano, 55 pacientes foram atendidos no ambulatório de geriatria, desses, seis  obtiveram SPICT positivo, sendo acompanhados pela equipe multiprofissional composta por enfermeiros, médicos geriatras, psicólogos e fisioterapeutas. Ainda em maio, dos pacientes internados e acompanhados pela equipe de hospitalistas, cinco receberam SPICT positivo, onde foi realizado contato entre a equipe multiprofissional do HGV e membros da família, para orientação e definição conjunta das medidas de conforto a serem implementadas em cada caso”, explica o enfermeiro.

O diretor técnico do HGV, Brenno Sousa, explica que o projeto é assessorado por profissionais do Hospital Sírio Libanês e está em fase constante revisão. 

“Estamos implementando também o protocolo de controle da dispneia, elaborado pela equipe do setor de pneumologia, que orienta os profissionais para a avaliação adequada da doença em pacientes internados, assim como o seu manejo, de forma a favorecer melhor qualidade de vida a estes pacientes e seus familiares”, explica o diretor.