04 de Janeiro de 2005 | Atualizado em 05 de Outubro de 2024
Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com

Central de Transplantes quer conquistar novos doadores

Central de Transplantes quer conquistar novos doadores

A diretora da Central de Transplantes do Hospital Getúlio Vargas, Lourdes Freitas Veras, disse na manhã desta terça-feira, 4, que é grande a fila de espera para doação de órgãos no Piauí, sendo a maior a de córnea, com cerca de 600 pessoas aguardando. O segundo órgão mais requisitado é o rim, com 400 pessoas à espera e o terceiro é o coração, cujo número não foi revelado em decorrência da gravidade das doenças cardíacas. Para atender a demanda, a Central de Transplantes faz um trabalho de conscientização visando a conquista de doadores. De acordo com diretora Lourdes Veras, as pessoas entendem que os órgãos transplantados retornam para a sociedade. Todas as despesas são custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o processo é muito transparente. “Para que uma pessoa se torne doadora é necessário que comunique o seu desejo à família, porque é a família que vai decidir na hora se vai doar ou não os órgãos”, argumentou Lourdes Veras, acrescentando que as pessoas devem fazer essa decisão previamente, porque é muito difícil decidir numa hora de muita angústia e dor. “Isso é uma decisão que as pessoas devem fazer antes, se é doador ou se não é doador”, frisou. A diretora da Central de Transplantes enfatizou que é a família quem decide, ela é soberana, ninguém mais pode decidir. “Não tem documento, não tem nenhum efeito legal. Nem que você registre, com testemunha, não tem efeito legal. Só a família decide na hora”, argumentou. A doação depende de um processo jurídico. A família tem que fazer a doação oficialmente na presença de três testemunhas, que também devem assinar a doação. Esta é feita mediante um processo muito transparente. É feita no próprio hospital, como se fosse uma cirurgia como outra qualquer no centro cirúrgico com todos os cuidados e o corpo é devolvido para a família todo recomposto, como se fosse uma cirurgia. A retirada de um órgão não deforma nada, o corpo é devolvido em perfeitas condições para a família. Na hora em que a família decide pela doação e o paciente não tem mais vida, sendo constatada a morte encefálica ou o coração já parou, até mesmo o corpo estando no IML e se a família autorizar a doação, são feitos vários exames para ver se os órgãos estão realmente em perfeito estado. Os órgãos somente são transplantados após esses exames, que são necessários e obrigatórios por lei.