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Ir até onde o povo está. Esse é um desafio para os serviços de saúde, mas que foi superado no último sábado, durante o projeto Ação Global 2007, uma parceria entre o SESI e a Rede Globo, com a colaboração de uma série de instituições privadas e públicas, entre elas a Secretaria Estadual de Saúde. O evento, que aconteceu no Parque da Cidade, contou com a participação de equipes do Hospital Areolino de Abreu, Central de Transplantes do Estado e do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí, Hemopi. Para o secretário da Saúde, Assis Carvalho, são em momentos como esse que as instituições podem conhecer de perto a realidade da sociedade, que, por sua vez, também tem a chance de conhecer o que tem direito. “Numa atividade como essa é onde podemos perceber quantas necessidades a sociedade tem de ver os serviços realizados. Além disso, essa ação faz com que determinadas áreas públicas saiam desses gabinetes e vá atrás das pessoas”, avalia Carvalho. Foi o que aconteceu com quem visitou a tenda do Hospital Areolino de Abreu. Suzana Souza, de 38 anos, ficou impressionada quando soube a quantidade de serviços que o Hospital oferece. “Eu pensei que no Areolino só ficavam pessoas doentes mentais internadas. Não sabia que fazia esse trabalho todo”, disse. No evento, Suzana e milhares de pessoas foram orientados sobre serviços como Terapias Ocupacionais, Ouvidoria, o Hospital Dia que trabalha com semi-internação e os pacientes não perdem a convivência familiar, a equipe multidisciplinar do ambulatório e os projetos de ressocialização. “Os visitantes ainda puderam fazer avaliações físicas, de depressão, estresse, memória e criatividade, além de fazerem o Cartão SUS, tão importante para vários programas de Saúde”, explica a diretora do Hospital, Márcia Astrês. A assistente social Francisca Soares explica que o objetivo desse segundo ano de participação do Areolino no Ação Global é esclarecer que o Hospital faz muito mais que internar. “Na verdade, o que nós queremos é contribuir para mudar esse estigma que existe em cima do portador de transtorno mental. Nossa meta é, através de uma série de atividades, tornar essas pessoas capazes de se cuidar. Também orientamos sobre a importância dos Centros de Atenção Pisicosocial, que atende pessoas com transtornos mentais nos bairros, descentralizando o atendimento”, destaca Francisca. No evento, o Hemopi ainda deu informações sobre doação de medula óssea e fez exames contra anemia e a Central de Transplantes orientou como ser um doador e a importância desse ato.