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17 de Maio de 2011 | Atualizado em 05 de Outubro de 2024
Por Assessoria de Comunicação SESAPI - secsaudepi@gmail.com
Central de Transplantes cria Organização de Procura de Órgãos do Piauí
A partir de agora, uma portaria do Ministério da Saúde autoriza a liberação de recursos financeiros para o Estado
O Piauí atualmente possui 600 pessoas que aguardam transplante de rim e Córneas. Para diminuir o drama desses piauienses, a Central de Transplantes montou a OPO (Organização de Procura de Órgãos e Tecidos).
A partir de agora, uma portaria do Ministério da Saúde autoriza a liberação de recursos financeiros para o Estado referentes a incentivos no âmbito do Sistema Nacional de Transplantes.
Com a OPO, a Central passará a integrar os 29 hospitais de Teresina e mais o IML (Instituto Médico Legal), ganhando assim mais agilidade na busca por doadores. A equipe, composta por um coordenador médico, um coordenador de enfermagem e seis enfermeiros plantonistas ficará no Hospital Getulio Vargas (HGV).
Para a coordenadora da Central de Transplantes, Dra Patrícia Figueiredo, a implantação da OPO trará mais eficiência na busca por doadores e conseqüentemente diminuirá o número de pacientes na fila de espera. “Os nossos pacientes vão lucrar muito, com o credenciamento do Ministério da Saúde, recursos no montante de R$ 240,000 mil por ano serão utilizados para buscar em toda a rede hospitalar de Teresina, potenciais doadores e identificar 100% de órgãos que possam ser reaproveitados, aumentando assim o número de transplantes e reduzindo a fila de espera”, destaca a coordenadora.
Desde que foi criada, há 11 anos, a Central de Transplantes do Piauí já realizou 1.112 transplantes, sendo que a maioria foi de Rins e de Córneas. Os transplantes de coração só foram realizados até o ano de 2007, por falta de equipes.
De acordo com Patrícia Figueiredo, a OPO-HGV já tem algumas metas que devem ser atingidas, além de ações que serão realizadas futuramente visando assim dar mais agilidade neste processo de transplantar órgãos.
“Um dos serviços que deverá ser retomado é a realização de transplantes de coração, já estamos com um profissional que está apenas aguardando a autorização da Secretaria de Saúde para fazer este tipo de cirurgia no HGV, que estará todo equipado e pronto para este tipo de cirurgia”, adianta.
Outra atividade prevista com a OPO é a implantação de uma equipe para retirada de fígado. “Esta equipe será formada por dois cirurgiões especializados neste processo. Queremos ainda ter um amento de 40% de doadores em parada cardiorespiratória e 30% de doadores em morte encefálica, tendo assim que atingir essas metas obrigatórias para o Ministério da Saúde, pois caso elas não sejam atingidas a Organização passa a ser descredenciada”, explica.
A coordenadora da Central de Transplantes acrescenta que não só o trabalho da OPO, mas principalmente a conscientização dos familiares são de extrema importância para que a doação de órgãos seja possível. “Depois que localizamos o potencial doador é feito uma entrevista e a família autoriza ou não a doação. É um processo que tem que partir da vontade da família, caso eles aprovem, a Central cadastra e o nome deste doador é inserido no Sistema Nacional de Transplantes. É preciso que cada um de nós cidadãos expresse nossa vontade de ser doador, pois este pequeno gesto salvaria muitas vidas”, finalizou.
Por Adriano Magno